conheço meninas assim, perdidas. meninas revestidas de gin e dor. meninas que ouvem jazz e caminham noite adentro, sozinhas, dentro de um blues. e suas vidas são eternos tangos. legítimos gardeis e seus homens sempre serão meninos. meninas lindas que carregam consigo todos os sonhos de mulheres antigas e o sorriso cansado das velhas senhoras que enrolam nas coxas charutos cubanos
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
doismil in love.
O ano começa e nos damos conta de como a vida voa..ontem já é agora e o hoje já passa da hora, nem quero falar nem lembrar o que aconteceu em 2008( isso eu vou guardar no meu homem gaveta) mas dos desejos que tenho para esse novo ano...recomeçar um ciclo nos renova a vida e a alma! Que 2009 me traga muiiiiiiitos SORRISOS, esse é o meu maior desejo, sorrisos... e amigos e por que não amores!
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
a linguagem é uma fonte de mal-entendidos.
A raposa pediu que o Pequeno Príncipe a cativasse. - Que quer dizer "cativar"? - ele perguntou.A raposa explicou:- Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, a cada dia, te sentarás mais perto. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade!
domingo, 31 de agosto de 2008
qualquer coisa
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
O amor acaba, mas começa outra vez.
O amor acaba
de Paulo Mendes Campos
O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles mornos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova York; no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados; e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.
... C.
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
Super-mulher.
Tô me sentindo a mulher-maravilha(como em outros tempos já me senti)..estuda, trabalha, cria gente, cria roupa, sonha, canta, danca, chora, rir, cozinha, arruma, desaruma, e amaaaaaaaaa! Super-carole!!!
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A harmonia secreta da desarmonia: quero não o que está feito mas o que tortuosamente ainda se faz. Minhas desequilibradas palavras são o luxo de meu silêncio. Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro.(CLARICE LISPECTOR)
domingo, 3 de agosto de 2008
Vestidos á flor da pele
Ontem vi novamente esse filme...lindo demais. A fotografia incrível, as vezes estática e a bela trilha me hipnotizam. E a elegância da personagem principal!? aburdos vestidos quimonos de coloridos vivos, estampas florais, as golas sempre envolvendo o pescoço, o corte impecável acompanhando e obedecendo todas as curvas do corpo(acentuando ainda mais a elegância feminina). Um absurdo!
-- Amor á flor da pele --
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